sexta-feira, 10 de julho de 2015

Quando todo sofrimento requer uma posição de fé


Existe uma história na Bíblia que sempre me mostra o quão incompreensíveis as coisas de Deus podem parecer em um primeiro momento, e quanto não podemos entender os Seus propósitos; me refiro a história de José, a Bílbia conta que ele era o filho mais novo de Jacó, que possuía outros 11 filhos, mas conta também que José era o seu filho mais chegado, por ser filho de sua primeira esposa, que era estéril, mas que por milagre veio a conceber.

 Até aí nada parece extraordinário, mas fazendo uma leitura da conjuntura social da época, o primeiro filho homem possuía todas as vantagens de receber a direção do clã da família, bem como a titularidade de posses em detrimento aos demais. Nessa ótica percebe-se, com clareza que José era o último filho, entre doze homens, que o antecediam, portanto, não tinha mesmo qualquer importância ou relevância.

As Escrituras contam ainda que os irmãos de José, nutriam uma inveja do apego do pai em relação ao pequeno e que por isso mesmo tramaram vender-lhe como escravo aos egípcios e acordaram de contar ao pai que o irmão havia sido atacado por um animal no bosque e viera a morrer. Tal fizeram e José amargou longos anos de sofrimentos, calúnias, trabalhos forçados, vida dura, prisão, esquecimento e novas traições em sua jornada no Egito.

O interessante é que não se relata a exatidão, mas já adulto José viu sua “sorte” mudar ao ser convidado a adivinhar o significado de um sonho que tivera o Faraó egípcio, o que lhe rendeu posição e favores especiais pela sua iluminação em decifrar o enigma que perturbava o rei, tendo por reviravolta na sua vida a posição de chegar a ser uma espécie de Primeiro Ministro, naquela que era a nação mais rica do globo a época.

Se parasse neste ponto a história já seria épica não é mesmo? Todavia Deus havia planejado algo além de tudo isso, um plano de salvação que estava encoberto nessa história de um menino que aprendeu a “sonhar grande”. Pois bem, relata-se o período de grande crise climática que gerou enormes dificuldades em nações inteiras, que recorriam ao Egito, único que possuía provisão, graças à boa administração de José e ao seu dom de haver discernido o sonho.

Conta-se que seus irmãos vieram-lhe ao encontro a fim de comprar comida, desta feita diferentemente do que poderia ter feito, revidar o mal com o mal, José preferiu mostrar a face de perdão e prefigurando um futuro “messias”, traz os seus familiares para o Egito, os quais viveram em bonança, sendo poupados da crise e da fome que assolava nações e que dizimou povos com fome e escassez.

O que me chama atenção nessa história além do fato de que ela é uma “grande volta por cima”, é o que se pode ler nas entrelinhas, talvez não entendamos os percalços, as perseguições, falsas acusações e todo mal sofrido na caminhada, quantas vezes falhamos e tudo deu certo, Deus tem um final surpreendente e neste exato momento Ele está movendo o Seu plano de livramento em nossas vidas, e, somente lá na frente iremos mesmo, se formos inteligentes para fazer uma breve retrospectiva e análise crítica de nossas vidas, o quanto tudo que passamos nos serviu a trilhar o “verdadeiro projeto”.

O Detalhe que antes omiti e agora vos relato, é que a Bíblia conta que em todo o tempo, em todas as adversidades José sempre manteve integro o seu caráter, aquilo que havia aprendido e sabia ser o certo, além de manter viva a chama de suas crenças, de que Deus havia lhe dado sonhos e que em todo tempo podemos manter uma atitude de ajudar, falar a verdade, sermos sinceros, não apenas com os outros, senão, sobretudo com nós mesmos.

José soube ser paciente, esperar as coisas acontecerem, mas enquanto fazia não se furtou de acreditar e viver aquilo que cria, praticando ações que lhe renderam um dia, o momento de poder ver os seus malfeitores diante de si e, perdoar-lhes estendendo a mão e sendo uma espécie de ponte da morte para a vida (porque aquela família que mais tarde seria a raiz que daria origem ao povo israelita, iria morrer de fome, não fosse a sua cooperação).

Assim José soube não apenas ser generoso, mas talvez pode entender que todo o mal sofrido havia um bem por finalidade e que esse bem, por si somente seria o projeto de um novo futuro, de morte à vida.


Que sejamos humildes para reconhecer as oportunidades e pacientes para superar as adversidades, sabendo que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam (creem) em Deus (Romanos 8:28)

quarta-feira, 4 de março de 2015

Maravilhosa Graça

Maravilhosa Graça que nos alcança em meio a nossas fraquezas.

Maravilhosa Graça que nos apoia nas nossas debilidades, tão humanas e tão cotidianas.

Maravilhosa Graça que nos habilita a sermos aquilo que não pensamos ser e poder fazer.

Maravilhosa Graça que nos inspira a viver o dia de hoje como sendo aquilo que de mais especial que poderíamos sequer pensado viver.

Maravilhosa Graça que nos doa, nos serve, nos motiva, nos promove, nos faz e sem a qual não poderíamos ser além do que nada.

Como não amar a Tua Graça Senhor dos Senhores e Reis de todos Reis, Tu que és amor, na sua forma genuína, puro e formoso são os teus olhares para mim, a ponto de me fazer mais uma vez, e outra vez, infinitamente mais e mais amar a tua Pessoa e desejar que esta Graça esteja todos os dias sobre mim.

Como um perfume que cobra o meu corpo e exala bom perfume, que a Tua Graça seja concedida a nós, de graça nos destes a maior de todas as suas benevolências Jesus Cristo homem e Deus, homem para entender a nossa incapacidade e Deus para nos fazer unir a tua identidade de Deus e Senhor, unidos em Ti somos mais e melhores, não porque o sejamos de per si, senão pelo Teu ato de Amor, genuíno e desinteressado.

Por isso que é tão lindo e bom dizer com meus lábios eu Sou do Meu Amado e Ele é meu... não poderia haver maior amor que este, dar a sua própria vida por amor daqueles a quem se ama.


Graça que nos redime e nos constrange a amar e deixarmo-nos ser amados.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Podemos mesmo ajudar alguém?


Impressionante como somos por vezes rápidos em dar respostas à vida e problemas alheios, como facilmente somos capazes de sentenciar destinos, achar culpados e “resolver situações complexas” nas vidas dos “outros”.

Me ponho a pensar: e se fizéssemos diferente? Se ao invés de julgar, apontar, “resolver” e determinar o futuro das pessoas, achando que tudo é fácil, “ela ou ele é assim porque quer, por que se fosse eu no lugar dela...”, parece realmente fácil observar a vida alheia e solucionar aquilo que achamos que não se encontra no lugar correto.
Mas não é! Fico pensando e se de fato estivéssemos no lugar do outro será que agiríamos mesmo diferente e, sairíamos assim tão facilmente dessas situações? Como cristão não posso deixar de refletir diversas vezes em que Jesus teve compaixão do outro e chorou, tocou-se, emocionou-se, moveu-se de seu lugar para de fato fazer e não apenas dizer alguma coisa.
Palavras vazias não mudam destinos, nem ainda situações, nesse momento que escrevo essas palavras peço a Deus perdão por ter julgado tantos e não ajudado a muitos os quais poderia simplesmente ter movido os meus ouvidos a escutá-los, amá-los e abraçá-los, como que num ato de “eu entendo e estou aqui”, mesmo sem entender de fato as circunstâncias exatas pelas quais “aquela pessoa” e não “eu”, está passando.
Graças a Deus somos indivíduos, significando com isso dizer que não existem clones ou cópias, pessoas são individualmente distintas e ainda que seus caráteres sejam parecidos, elas nunca serão a mesma pessoa.
A indiferença é uma das piores coisas que possa existir e, Cristo também a sentiu quando em franca agonia no Getisêmani Ele angustiado procurou alguém que pudesse consigo dividir a sua dor, ao contrário do que esperava encontrou todos os seus discípulos dormindo, indiferentes a sua situação e o resto da história já o sabemos, que morreu indiferente a muitos, mas nem por isso quedou-se de mesmo modo, pelo contrário nos deu exemplo de que podemos ser próximos.
Me pego a pensar que então amar o próximo passa pela companhia, pelo ouvir, importar-se, não julgar, de fato ajudar, não lançar mais pesos sobre o outro que já se encontra com dificuldades. Amar o próximo é dar tempo ao tempo e, continuar amigo, companheiro, ainda quando ele não queira seguir os “nossos exemplos”, afinal de contas não é isso que Jesus faz até hoje, espera cada um de nós, pacientemente.
Quanto a mim ainda hoje posso sentir as suas lágrimas de compaixão, dizendo sempre não se preocupe Estou aqui e Vou te ajudar, Eu te entendo.
Que possamos seguir o seu exemplo hoje amando e respeitando o próximo assim como desejaríamos ser amados e respeitados, se porventura estivéssemos no lugar dele.


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O caminho se faz entre o alvo e a seta (uma lição de fé)


Nunca concordei muito com essa história de que as coisas são fáceis e que você crendo em Deus tudo chega aos seus pés.


Acredito sim que Deus nos favorece em algumas situações, posto que a sua graça primeiramente nos capacita a conseguir e suportar aquilo que normalmente na nossa própria força não poderíamos fazê-lo, mas sinceramente como diz uma canção: "o caminho se faz entre o alvo e a seta"...

Acredito no esforço e na persistência, na perseverança que devemos ter naquilo que move a nossa ação de fé, crer não é algo abstrato como muitos pensam, posto que a palavra de Deus nos diz em Hebreus 11 que a fé é a firme convicção de coisas que não existindo passam a existir, desta feita pode-se concluir que a fé é algo concreto, posto que no momento que você usa a sua intelecção para crer e ousa fazê-lo, expressando com seus lábios a convicção do seu coração desta feita, embora lhe pareça algo abstrato, na verdade você está concretizando uma ação, que tão logo seja perfeita manifestará aquilo que se creu e falou.

Quem crê não fica parado, quem crê se movimenta, corre atrás, insiste e persiste seja na sua ação cotidiana, seja naquilo que indiretamente não pareça estar ligado ao ato de fé, mas que redundará na concretização deste.

A este ponto dou-vos um exemplo: alguém crê num bom emprego, e ora a Deus, crê nisso como algo que se pode concretizar por meio Dele e sua Graça e, logo em seguida ousa começar a falar que vai conseguir o emprego. No entanto muitos param por ai e pensam receber correto? Errado. 

A fé vai além merece um esforço em obras, neste caso essa pessoa continua a estudar, procurar fazer um curso de algo que lhe acrescente enquanto pessoa, em termos de conhecimento, sei lá uma língua estrangeira, por exemplo, "supostamente aparece-lhe alguém daquele país que a pessoa está estudando a língua" (alguém vai chamar de sorte eu digo que é o momento da manifestação do que se creu firmemente), e precisa de alguém que fale a língua para lhe oferecer um bom emprego, você estava crendo e fazendo algo certo, isto redundará em algo que Deus pode utilizar para realizar o seu desejo.

A vida passa por um continuo aperfeiçoamento de quem somos e o que fazemos, para aquilo que desejamos se realizar, lembre-se Deus pode e quer fazer, mas Ele precisa de uma atitude sua também, lembra da música? Entre o alvo (aquilo que se quer) e a seta (onde se começou) existe um caminho a ser construído, seja forte e não desista " a sua fé movida por ações correspondentes o conduzirá ao seu sucesso".

sábado, 8 de novembro de 2014

Os mercadores do Sagrado



Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e lhes disse: "Está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração'; mas vocês estão fazendo dela um 'covil de ladrões'". (Mateus 21:12 e 13).

Temos vivido tempos de enorme dificuldade seja financeira, moral ou valorativa, no sentido de que mais uma vez vemos a repetição de coisas que não mais são toleradas, a expressão da passagem do Evangelho de Mateus mostra-nos claramente a ideia de que, ainda hoje vemos acontecer em diversas cidades e se alastra mundo afora, o uso do Evangelho da Salvação como meio de comércio. Triste ver que Palavra de Deus, suas bençãos e a própria salvação esteja sendo anunciada em muitos locais como um produto qualquer.

Mais horrível é ver o quanto pessoas, que usam do Nome de Cristo, para vender ilusões perdidas e sonhos inúteis.

Vivemos um tempo de flexibilidade da fé e dos valores morais, um tempo em que nos voltamos a 'lei da selva", onde os mais fortes tem prevalecido, não quero aqui dizer com isso e, não me refiro a força que importa, pois creio que chegará o tempo em que muito do que se está encoberto será manifesto.

Não falo e nem me refiro ao desvendamento de escândalos, mas acredito que Deus não se deixa zombar por ninguém, podemos sim julgar as árvores pelos seus frutos e bem saber que nem todos que afirmam Senhor, Senhor realmente estão em seu nome a falar.

A igreja, enquanto indivíduos e não apenas enquanto instituição tem de ter a consciência de que não podemos negociar as "coisas santas", que Deus não está a venda em suvenires, ou amuletos, nem ainda em óleos, chaves e outra e qualquer coisa do gênero, nem mesmo as ofertas que damos ou o dízimo que entregamos compram o bem precioso da salvação, gratuitamente ofertado por Cristo.

Acredito que é chegado o tempo de uma maior reflexão acerca do que e como estamos fazendo as coisas, tentando separar joio e trigo, não apenas me refiro as ações de terceiros, que agindo com mercadores tornam a fazer da Casa do Senhor um comércio, mas não nos esqueçamos que aquela passagem nada mais era que uma simbologia, posto que o templo verdadeiro somos nós.

A isto pergunto será que não estamos negociando com Deus e fazendo de sua casa, nosso corpo um comércio? Se me deres Senhor eu dou! Se fizeres eu faço! Para ir, primeiro o Senhor deve fazer! ... como cristãos somos chamados a viver por fé e, na integridade da sua Palavra, andando como luzeiros pelo mundo, de modo a sermos verdadeiros espelhos refletindo a imagem do Cristo verdadeiro, assim como Ele refletiu a Deus.

Amados não sejamos comerciantes das verdades permitindo a relativização da fé e da consciência de que somente ele é Senhor e Salvador suficiente das nossas almas.

Deixemos de apenas apontar e condenar aqueles que, muitas vezes, aproveitam-se da ingenuidade e do desespero alheio para ganhar dinheiro, como já o disse o Senhor são ladrões e aqui na terra ajuntam tesouros para sua própria perdição. Antes, contudo sejamos diligentes em agir, sabendo ouvir as direções do Espírito Santo, que não significam ouvir vozes do além, senão perceber os sinais terrenos e concretos que nos fornece, a Sua Palavra é a melhor balança para pesarmos o quanto estamos certos.

Que sejamos guiados por Deus em toda boa obra, não permitindo-nos comprar e vender aquilo que de mais precioso recebemos: o direito de sermos chamados filhos de Deus, tendo nossos nomes lançados no Livro da Vida.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Oração em línguas interpretada em 18 de janeiro de 2013.




Povo que se chama pelo meu nome, quem é o Senhor para vós? Deus misericordioso Sou Eu, diz o Senhor, Deus de paz, a minha alegria é amar a cada um de vós, porventura quem vos condena? Por acaso Sou Eu, diz o Senhor, quantas vezes ouvistes de fato a minha voz e não a reconheceis, porque a procurais nas críticas e nas admoestações, mas contudo eu não as disse, quem poderá intentar contra o ungido do Deus Vivo? MISERICÓRDIA quero! Sacrifício agradável a mim é o louvor de lábios retos, que me amam e me buscam não porque eu tenho, não porque eu posso te dar, nem ainda pelo que podeis vir a receber.
A minha Palavra não diz que Sou um Deus de AMOR? E quem os ensinou diferente? Levanto um clamor na minha igreja por misericórdia, ouvi o que dizeis os pequeninos, eles choram e clamam por misericórdia! Eu enviarei os meus amados e, a sua arma não será o bastão, nem ainda o cajado, mas tão somente o meu amor. Não é verdade que está escrito que o que vos diferencia daqueles que ainda não me conhecem é o meu amor, o amor com que vos ameis uns aos outros. Não estabeleci juízes na igreja, a mensagem está errada, estão matando, roubando e destruindo vidas, alegrias, fé; quando Eu disse AME, COMPREENDA, ENTENDA, SUPORTE, ALIVIE AS CARGAS UNS DOS OUTROS.
Porquê continuais a dizer que Sou Eu que lanço pesos, por acaso não está escrito que eu retiro os fardos, libero os pesos, desfaço os nós, desbarato cadeias, faço livre o cativo. A mensagem do amor deve ser pregada, as boas novas, a nova aliança e a minha vontade porta consigo PAZ e ALEGRIA no Espírito Santo, não dores, rejeição, desamor; até quando pessoas serão torturadas com a “mensagem da fé” que ao invés de livrar de dores impõe outras maiores as quais nem vós mesmos podeis suportar.
Igreja de misericórdia que acolhe perdidos e que os entende. Mova-se na Revelação desta Palavra! Seja aquele que vai desatar os nós, prefira entender e perdoar, seja aquele que traz consigo a CHAVE que livra de cadeias pesadas, a minha unção é contigo, tu serás como jardim plantado em meio a desertos repletos de desesperados em busca de alivio.
Acorrerão a ti todas as nações, doravante serás chamado como aquele que exerce MISERICÓRDIA, liberando os cativos do diabo, lembra ele é o ladrão, não Eu; não lanço em rosto o teu pecado, mas te amo, lançando no mar do esquecimento todas as tuas iniquidades para delas nunca mais lembrar.
Um varão forte com um potente arco em mãos, lançando suas flechas de amor e misericórdia, pregando a minha bondade, aliviando os depressivos, os lunáticos, os perdidos, os desesperançados; não morrerão, não vão mais se matar, porque VOCÊ, isto mesmo VOCÊ filho querido, tão amado do meu coração tens a chave da Vida Eterna, Eu as deis libere os perdidos, eles não estão aguentando mais tanto sofrimento e são tantos, sentados em vossas igrejas que não aguentam mais ouvir mensagens que lhes porta peso e condenação.
A minha unção, a minha Palavra ungida, o meu Poder por meio do meu Espírito moverá de dentro vós grandes avivamentos de intercessão pelos oprimidos, LIBERE-OS, LIVRE-OS são facilmente atingíveis pelo meu amor, pelo meu perdão, não estou cobrando de ninguém mais do que possa me dar. Eu conheço as vossas limitações, sei bem os vossos defeitos, porventura não fui Eu mesmo que os escolhi e os chamei, sei bem as vossas fragilidades e, ainda assim os amo, entendeu que amo e não condeno, não lanço fora um sequer, não quero que nenhum se perca, lembra da oração sacerdotal, “Pai que nenhum se perca!”.
Filhinhos o meu coração anseia se revelar a vós como um Deus Salvador, um Deus de amor.
Eu ajunto jamais espalho.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Quanto você estaria disposto a pagar pela sua bênção?


 

Talvez seja apedrejado por escrever esse artigo, mas depois de muito refletir acerca do grande apelo de tantas igrejas acerca de dízimos e ofertas e aquilo que se tem pregado acerca desses assuntos, resolvi trazer um pouco de discussão acerca do tema.
Não me proponho a responder, nem tampouco deter a VERDADE, mas tão somente refletir acerca de tantos erros que temos vivido no chamado “evangelho da prosperidade”, de forma alguma quero ser hipócrita dizendo que não quero crescer, avançar, progredir e poder com isso usufruir das benesses que o dinheiro possa pagar, entretanto não posso me calar diante de tantos absurdos.
Verdadeiramente a Bíblia relata acerca de dízimos e ofertas e o clássico texto de Malaquias 3:10, atesta a força desse dogma. Todavia as igrejas tem exercido um forte apelo acerca de ofertar com o intuito de ser prospero e ser prospero para ofertar. Todavia a forma como a prosperidade tem sido ensinada foge a sobriedade que a Palavra de Deus requer nesse tipo de assunto.
Quantas pessoas tem vivenciado o dia a dia do evangelho buscando respostas do tipo “porque ainda não fiquei rico se estou dizimando?”, “se não recebo respostas financeiras positivas na minha vida não tenho a bênção de Deus?”, ou ainda afirmando: “preciso ofertar nessa campanha para ‘destravar’ minha vida financeira!” ou “meu Deus, se não ofertar e dizimar esse mês o devorador vai acabar com a minha vida”...
Infelizmente vivemos tempos de um evangelho líquido, descartável, supérfluo, tipo self service, em que novos fariseus tem imposto um evangelho de condenação baseado em falácias do tipo você precisa ofertar para avançar, a bênção de Deus se consubstanciará em dinheiro na sua vida, dinheiro para comprar roupas, trocar o carro, morar melhor... não duvido do que disse Jesus em Mateus 6:25-34, o Pai celeste nos conhece e sabe de nossas necessidades e nos suprirá, afinal Ele é Jiré Yaveh, entretanto preciso lançar luz sobre os oprimidos do diabo por afirmação de um evangelho cômodo aos aproveitadores da fé alheia.
Quantas vezes o seu pastor cumprimentou você? Quantas vezes os irmãos da igreja que você congrega tiveram a preocupação de “guiados por Deus levar um conforto à sua vida em momentos difíceis? Bem, esse é um dogma ainda mais importante no Evangelho “amar ao próximo como a si mesmo”, contudo não vem sendo pregado na mesma ênfase e proporção.
Querido a bênção de Deus não significa dinheiro e em nenhum lugar está escrito que você precisar dar para receber, de Deus não se zomba tudo que o homem plantar colherá (Gl 6:7), se você está querendo comprar Deus, então eu te pergunto: quanto você está disposto a pagar pela sua bênção?
A Bíblia nos diz que devemos dizimar e o mesmo afirmou Jesus nos evangelhos, todavia Ele não deu nenhuma ênfase nesse assunto, a ponto de que se construam epílogos e conferências, congressos e encontros acerca do tema da prosperidade, no mundo teremos aflições, mas aquilo que se detém minuciosamente não se vê tantos congressos, o amor, a consideração, o respeito, a honestidade o ajudar o próximo, o sofrer o dano.
De uns tempos para cá me vi pensando acerca dos motivos da Reforma Protestante e como foram válidos os questionamentos levantados por Lútero, todavia da mesma forma como isso foi utilizado por usurpadores que deturparam o sentido para se aproveitarem e fugirem da igreja de Roma, hoje também vemos pessoas não comissionadas para o Evangelho, que não são pastores, nem ministros do evangelho, mas que se aproveitam para usurpar-se da fragilidade emocional de muitos em um país opressor como o Brasil.
Engraçado que não se vê a mesma ênfase financeira em outros países, a exceção do Estados Unidos, razão mesma do capitalismo que movido pela mesma deturpação da Reforma havida portou consigo o ensino do “Evangelho que se pode pagar”, ou o “Evangelho da bênção financeira como resposta de uma predileção divina aos exaltados do Senhor”, mas e o cuidado com os necessitados, o amor, a honra, o respeito...
Vivemos dias difíceis, dias em que Deus tem sido minimizado por Mamom, lembram o deus pagão da prosperidade adorado pelos israelitas no deserto na forma de bezerro de ouro, de tão cegos que estavam esqueceram-se do Deus dos grandes milagres trocando-o pelo deus daquilo que se pode comprar, por aquilo que eu posso dar, afinal todos foram convocados para dar ouro afim de serem abençoados pelo bezerro deus que deviam adorar, para então dele receber.
Afinal de contas será que não estamos fazendo o mesmo hoje? E quando Paulo diz que sabia ter e não ter, ele estava afirmando com isso que ele só era abençoado quando tinha? Quando Jó perdeu tudo deixou então de ser abençoado por Deus? E os mais de 400 anos de escravidão do deserto do povo de Israel Deus não os abençoava?
Deus é Deus acima de qualquer coisa importa que aqueles que o adorem dele se aproximem sabendo que é galardoador daqueles que o buscam (Hebreus 11:6), não daqueles que o compram, nem ainda dos que o vendem.
Lamento mas não posso me calar contra tantos absurdos, mas espero ter proposto um questionamento acerca de uma fé cega e falsa, que muito se assemelha a julgo e escravidão, onde lobos revestidos de ovelhas buscam usurpar o seu suor, por meio de pregações non sense te mandando dar para receber, te propondo que vossa possa comprar a tua indulgência para acessar os céus, ainda que seja aqui na terra por meio daquilo que você possa pagar.

O evangelho é paz, amor e alegria no Espírito Santo e a vontade de Deus é suprir a tua vida, não te fazer um “tio patinhas”, mas se Ele te abençoar não esqueça dos que nada ou pouco tem e, procure amparar dividindo o que você tem e não dando esmolas simplesmente O AMOR COBRE MULTIDÃO DE PECADOS!